quinta-feira, 28 de julho de 2011

Entrevista com o palhaço e improvisador Allan Benatti. (Chabilson)

Hoje vou falar com o Allan Benatti, ator e palhaço. Criador do Chabilson, Benatti é clown há quatorze anos. Atualmente é professor e palhaço-atleta do Jogando no Quintal (Grupo de improviso paulista).

P: Allan, para você, o que é o clown?

R: Essa pergunta não tem uma resposta, seria o mesmo que perguntar o que é o ser humano. Eu poderia colocar um milhão de respostas e nenhuma delas definiria o clown pra mim. Mas o que eu gosto de dizer é que o clown é uma outra possibilidade de você.

P: O clown tem origem com os “Bobos da corte”, que eram os únicos que podiam criticar os reis sem punições.  O clown ainda exerce essa função? De que forma?

R: Na verdade o bufão tem mais proximidade dessa figura de bobo da corte que pode dizer tudo o que quer, e jogar certas verdades inconvenientes na cara da elite da corte, e, até o ponto de não ter sua cabeça cortada, do próprio rei. Acredito que o palhaço simplifica a vida, interage com as debilidades do animal homem, mostra nosso verdadeiro tamanho. Provoca encontros e nos estimula a buscar nossos desejos, por mais que pareçam impossíveis.

P: O que é o palhaço-atleta? Qual sua função?

R: O palhaço-atleta foi uma expressão inventada por Márcio Ballas e César Gouvêa como uma brincadeira para os palhaços que jogam no "Jogando no Quintal" o espetáculo é um jogo de improvisação com estética e dramaturgia inspiradas em uma partida de futebol. Porém na verdade a pergunta me fez pensar que um palhaço-atleta é qualquer palhaço que treine possibilidades de jogo.

P: Vemos palhaços nas ruas, nos circos, no teatro e em tantos outros lugares. Parece-nos fácil exercer esta arte. O que se aprende em um curso de clown?

R: É uma arte popular, e não existe apenas uma possibilidade. Cada um caminha pelo lado que mais entende como divertido, tanto para ele quanto para o público. Dentro da linha que sigo as aulas de palhaço servem principalmente para liberar travas e abrir o jogo espontâneo.

P: No teatro os clowns se dividem em Branco e Augusto. Onde um contrasta o outro. No improviso, isso ocorre? É definido na hora?

R: O Branco e o Augusto é um jogo de status, e é assim que definimos esse tipo de relação na improvisação, jogo de status. Ele é definido na hora e não precisa se manter até o final da improvisação. No caso do palhaço o Branco tem o status mais alto que o Augusto, nos engraçadíssimos "O Gordo e o Magro" o Gordo é o Branco e o Magro o Augusto. Na improvisação também trabalhamos status intermediários não só os extremos.

P: Qual é a essência, a definição do palhaço?

R: Essa pergunta é bem parecida com a primeira. Fico com a mesma resposta.

P: Te vimos atuando como palhaço no Jogando no Quintal. No espetáculo Improvável, te vimos atuando de cara limpa. No Jogando no Quintal, quem está ali é o Chabilson, mas, no Improvável, quem está no palco?

R: Daí sou eu improvisador, Allan Benatti mesmo, mas é claro que também está alí uma parte do Chabilson, mas também tem um pouco de melodrama, tragédia, máscara, beckett.......

Galera, troquei uma idéia com o Allan Benatti! Obrigado por se ligar em só mais essa idéia, divulguem se curtiram!

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